quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Poemas niilistas em cem palavras

Ele esticou as pernas,
recostou na poltrona,
olhou para a janela.
Amanhã vou levar a vovó para visitar àquela amiga.
Então, morreu.


Ela ganhou na loteria,
vencedora única,
poderia ajudar os netos,
viajar para ver os parentes e
finalmente fazer o um novo canteiro para as flores.
O velho coração não aguentou e morreu.


Ele caminhava com a prancheta e caneta na mão,
fazendo anotações para os próximos poemas.
Não viu a pedra solta.
Escorregou e caiu de joelhos.
Tentou apoiar a prancheta para se levantar,
escapou,
caiu de novo, quebrou o pescoço e morreu.

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