domingo, 22 de dezembro de 2013

Crônicas Vampirescas - Kwuabara

Mais um texto do nosso malkaviano mais querido e perdido de todos.
Dessa vez, não fui eu quem escreveu, apenas o Ton que foi anotando o que ele ouvia enquanto mestrava. O resultado foi épico =D
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Enquanto espera por Kuwabara, Walter [um tremere] reúne os materiais que não vai mais utilizar, aparentemente encucado com a prontidão com que o Malkaviano se propôs a ajudar. Batem à porta três vezes e o doutor atende o japonês apenas de jaleco e cuecas, o que causa estranheza ao recém-chegado que pede que o tremere coloque roupas. Eles conversam sobre metanfetamina, mas principalmente pela máscara de gás que Walter estava usando, e que não era necessário, já que ele é um vampiro e não precisava.
A conversa dura mais tempo do que deveria, e o papo parece rolar mais pela loucura de Kuwabara do que pela genialidade de Walter, o que é um pouco preocupante. Há uma tensão no ar, causada pelo japonês com a preocupação de uma invasão e a possibilidade de lutas. Ainda assim, ele parece entusiasmado com a proposta, principalmente porque ele está interessado no corpo de Walter, o que causa ainda mais estranheza. A loucura parece aumentar quando Walter pede a Kuwabara que ele lhe dê sangue, o que o malkaviano não entende muito bem.
De repente surge a necessidade de fazer uma suruba com várias pessoas que provariam o sangue de Kuwabara. Walter novamente esqueceu o nome de Daniel, e força sua memória para lembrar.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Canção do Pescador

Eu não trabalho pelo dinheiro;
quem trabalha pelo dinheiro esqueceu o rosto do seu pai;
eu trabalho por um ideal!

Eu não estudo para ser melhor do que os outros;
quem estuda para ser melhor do que os outros esqueceu o rosto do seu pai;
eu estou para ajudar as humanidade!

Eu não escrevo para fugir dos meus demônios;
quem escreve para fugir dos demônios esqueceu o rosto do seu pai;
eu escrevo para transcendê-los!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Sobre ter 22 anos

Certa vez, li um texto de SK sobre ter 19 anos, todas as dúvidas, medos e certezas.
Não lembro de quase nada desse texto, apenas que era fazia parte da introdução do primeiro livro da Torre Negra.

Pois bem, cá estou. 3 anos depois de ter começado 19 anos, no blog que comecei a escrever logo depois de ter completado esses tão falados 19 anos.

Muita coisa mudou, alguns ciclos foram completos, outros estão para se completar e já alguns eu não sei se algum dia estarão completos (pois como disse o Amigo, existem coisas que sempre me acompanharão).

E, mesmo assim, cá estou: saí da casa dos meus, arranjei um emprego, passei por uma depressão, estou prestes a me formar, prestes a fazer a prova para preletor, estudando eletrônica, jogando RPG mensalmente, sendo bolsista de dança de salão, com moto, apartamento e uma planta de estimação.
Estou praticamente mais ou menos no ponto onde eu imaginei que estaria, mas minhas certezas mudaram totalmente de lá pra cá, assim como vários outros planos.

Creio que o fato de eu não ter anotado esses planos fez com que esse tipo de situação ocorresse. Então, pelos poderes concedidos a mim, pela boa aleatoriedade, eu declaro meus planos até meu aniversário de 24 anos:

* Me formar;
* Me tornar um LI;
* Trocar de moto;
* Trocar minha cama por uma cama aérea com escritório e oficina embaixo;
* Dançar um bom samba;
* Conseguir uma promoção ou trocar de emprego;
* Pilotar até o RS;
* Pilotar até o PR;
* Acampar;
* Conseguir escrever um texto em japonês;
* Conseguir dançar um bom samba;
* Sair do País;
* Fazer uma caminhada tão grande que eu me orgulhe dela;
* Construir um robô;
* Construir uma power glove;
* Comprar um datashow;
* Comprar um tapete para a sala;
* Aprender a fotografar;
* Conduzir um ensaio sensual/erótico;
* Trocar de computador;
* Voltar a andar de bicicleta.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Crônicas Vampirescas - O Sonho - Pt. 3

Finalmente terminei o texto. Resolvi esperar um pouco para escrever a conclusão porque queria ver qual conceito usaria e como o nosso bom e velho Kuwabara iria mudar e melhorar (ou não xD) com o passar das sessões.
Sempre acreditei que a essência do RPG é contar uma história com os amigos e se divertir no processo.
Espero que vocês se divirtam lendo tanto o quanto eu me diverti escrevendo ou jogando...
Antes que eu me esqueça, quero agradecer ao Ton, à Ann, a Ariana e ao Hiro por me ajudarem a contar essa história.
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     Então é assim? Vou morrer após todo esse trabalho?
     Vou morrer na mesma posição de luta, contra o mesmo adversário, com ele usando o mesmo golpe? 
     Está tudo acontecendo como antes.
Quando foi o antes? 
     Sinto como se tivessem passado anos desde que tudo re-começou. Não me lembro mais quem eu sou, como vim parar aqui ou como tudo isso começou.
     Que droga. Ele continua a me encarar com a espada na linha dos olhos, em uma posição defensiva perfeita. Sei que se eu atacar, ele vai se esquivar, mas não posso fugir e ele não ataca. Como vou derrotar ele?
     - Você é fraco e sem fé. - Disse ele. Mesmo atacando várias vezes, não consegui acertá-lo nenhuma vez. - Suas motivações são fracas, você é fraco, você não sabe contra quem luta ou porque luta. Eu deveria me sentir ofendido pelo simples fato de você levantar sua espada contra mim.
     Não sei o que houve de diferente nessa situação. Não era a primeira, nem a segunda vez que ele me criticava, contudo, ele finalmente conseguiu me irritar bastante, dessa vez e resolvi dar um basta nisso. Mesmo que isso significasse minha morte.
     - Cara... Por que você não vai encher o saco de outro? Quantas e quantas vezes você já não fez essa pergunta para mim? - E conforme as palavras foram saindo, mais palavras quiseram pular para fora da minha boca - Eu não sei porque eu luto. Eu simplesmente não sei. Assim como não sei porque um cachorro corre atrás do próprio rabo.
     - Eu luto pelo fato de que não consigo me imaginar fazendo qualquer outra coisa. É como se fosse algo para o qual eu nasci. Encontrar o cara mais forte, mais poderoso e com mais cara de mal e tentar derrubá-lo. Claro que por causa dos meus pais, eu tento focar para enfrentar os "caras maus", mas se não tivesse algum cara mal, eu iria criar um para enfrentar. Pelo fato de que eu não consigo ficar sem uma briga.
     - Sou viciado na emoção do combate. Tento disfarçar isso de bons atos e caridade, mas levantaria minha espada contra meus aliados se eu não tivesse um bom inimigo para enfrentar.
     De repente, é como se tudo tivesse clareado na mente.
>TUDO ESTÁ CLARO E EVIDENTE<
     Certa vez, meu pai me disse que em alguns momentos da vida, nós passamos por situações onde aparece um elefante na nossa sala de TV. Convivemos normalmente com esse elefante até que, em algum momento, notamos que o animal está lá. Depois disso, ficamos nos perguntando como não conseguimos ver um paquiderme com uma saia de bailarina e um chapéu de aniversário na nossa sala.
     Aconteceu a mesma coisa quando notei que ela estava lá. Mais do que isso, ela sempre esteve lá. Esperando uma oportunidade para se manifestar. Para mostrar o mundo como ele realmente é. Graças a ela, pude ver o mundo com mais cores e ver as pequenas engrenagens que fazem o mundo girar. A grama deixou de ser grama e passou a ser extensão dos meus pés, as árvores se tornaram meus braços e meu corpo se fundiu à terra. O mais importante de tudo isso, foi minha mente. Ela se tornou uma com todos os pensamentos dos meus irmãos. Ela se fundiu a todos os seres.  A febre tomou conta do meu corpo e da minha mente. Novas cores surgiram. Meu adversário já não é mais meu adversário, sou eu tentando me esfaquear, ao mesmo tempo é o Raio e o Trovão, ao mesmo tempo são as letras, o príncipe, o chefe, o xerife, o primógenie, todos os primógenies, minha criadora, todos os vampiros e humanos. Pois todos estão ligados e conectados como num grande castelo de cartas, prestes a desempilhar. 

     Finalmente, me lembrei que eu era.
      - Eu sou Kuwabara, cria de Malkav.
      - Eu sou Kuwabara, sou filho de B.
      - Eu sou Kuwabara, o Portador da Donzela das Neves(quando que eu troquei de espada?). 
      - Eu sou Kuwabara e não serei derrubado por ninguém, nem mesmo por mim.

     Por fim, de alguma forma, eu descobri como agir e o que fazer. Afinal, eu sempre soube. Sem perder de vista os olhos do meu adversário, coloquei a Donzela na bainha. Me sentei em posição de meditação, deixando minha arma no meu colo e entreguei minha mente à Loucura e minha alma ao Gelo...

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Sinto vontade de gritar.
De por tudo para fora.
De correr ou de enfrentar esse inimigo.
Mas não sei realmente o que estou enfrentando ou o que é meu adversário.

Que saco, ao menos quando estava depressivo, eu sabia o que eu tinha que enfrentar...

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A bailarina encantada
em seu belo mundo dançou
Até seus pés sangrarem
Até sua consciencia se apagar
Com sua alegria, sorriu,
até seu mundo desabar

Bailarina quebrada
em um novo mundo acordou
Onde tudo era escuro e morto
amargo e sombrio
Onde a vida se escondia
Onde só havia dor
Onde não sobrara uma gota de amor

Bailarina quebrada
não adianta resistir
este mundo agora é seu
vais viver somente aqui
Até o fima de seus dias
Até o sufocar de suas noites
Sempre neste mundo torto e cinza
Infestado de desespero e caos

Bailarina quebrada
Se tornou cinza de vez
O tom carmesin sujando sua palidez
Sujando seu mundo cinza
colorindo seus mais desesperados
sonhos e desejos

Bailarina quebrada
que pálida e vermelha ficou
Não resistiu ao mundo das dores
e se apagou
Foi-se para o além desconhecido
e nunca mais voltou.

10/07/13
Jacque Soave

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Pensamentos sobre uma viagem Pt3.

Voltei a encontrar a garota que tanto apareceu nos meus sonhos.
Vou começar a dormir menos e a viver mais.

O Jogo (aka. Pensamentos sobre uma viagem Pt2)

"Você não veio para salvá-la,
  mas ela que veio te salvar"
O jogo já estava acabado.
O jogo já era para ter acabado.
Mas,
  de alguma forma,
  isso não aconteceu.

Tal qual aqueles jogos dantescos
  onde o personagem muda de nome (e personalidade)
mas continua com a mesma skin,
  o meu jogo ganhou um novo capítulo.

Em meio a tantos pensamentos e sentimentos,
  só tenho algo a dizer:
"muito obrigado, Nescau"

Pensamentos sobre uma viagem Pt1.

-Assustado?
-Preocupado.
-...
-Ela absurdamente igual e infinitamente diferente. É desconfortante.
-Você pode escolher, se apegar às semelhanças ou às diferenças.
-Você sabe muito bem o que devo escolher.
-E você não sabe realmente o que quer escolher.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Somos derrubados por aquilo que  não conseguimos imaginar.
Somos derrubados por aquilo que imaginamos e mas não nos preparamos.
Somos derrubados por aquilo que deixamos nos derrubar.
Somos derrubados, principalmente, por nós mesmos.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Dancem macacos dancem


Há bilhões de galáxias no universo observável
E cada uma delas contém centenas de bilhões de estrelas
Em uma dessas galáxias
Orbitando uma dessas estrelas
Há um pequeno planeta azul
E este planeta é governado por um bando de macacos
Mas esses macacos não pensam em si mesmos como macacos
Eles nem sequer pensam em si mesmos como animais
De fato, eles adoram listar todas as coisas que eles pensam separá-los dos animais:
Polegares opositores
Autoconsciência
Eles usam palavras como Homo Erectus e Australopithecus
Você diz to-ma-te, eu digo to-ma-ti.
Eles são animais, certo?
Eles são macacos
Macacos com tecnologia de fibra ótica digital de alta velocidade
Mas ainda assim macacos
Quero dizer, eles são espertos, você tem que conceder isso
As pirâmides, os arranha-céus, os jatos, a Grande Muralha da China
Isto tudo é muito impressionante
Para um bando de macacos
Macacos cujos cérebros evoluiram para um tamanho tão ingovernável que agora é bastante impossível para eles ficarem felizes por muito tempo
Na verdade, eles são os únicos animais que pensam que deveriam ser felizes
Todos os outros animais podem simplesmente ser
Mas não é tão simples, para os macacos
Pois os macacos são amaldiçoados com a consciência
E assim os macacos têm medo
Os macacos se preocupam
Os macacos se preocupam com tudo
Mas acima de tudo com o que todos os outros macacos pensam
Porque os macacos querem desesperadamente se encaixar
Com os outros macacos
O que é bem difícil, porque a maior parte dos macacos se odeia
Isto é o que realmente os separa dos outros animais. Estes macacos odeiam
Eles odeiam macacos que são diferentes
Macacos de lugares diferentes
Macacos de cores diferentes
Sabe, os macacos se sentem sozinhos
Todos os seis bilhões deles
Alguns dos macacos pagam outros macacos para ouvir seus problemas
Os macacos querem respostas
Os macacos sabem que vão morrer, então os macacos fazem deuses
E os adoram
Então os macacos começam a discutir quem fez o deus melhor 
E os macacos ficam irritados, e é quando geralmente os macacos decidem que é uma boa hora de começar a matar a uns aos outros
Então os macacos fazem guerra
Os macacos fazem bombas de hidrogênio
Os macacos têm o planeta inteiro preparado para explodir
Os macacos não sabem o que fazer
Alguns dos macacos tocam para uma multidão vendida de outros macacos
Os macacos fazem troféus e então eles os dão para si mesmos
Como se isto significasse algo
Alguns dos macacos acham que sabem de tudo
Alguns dos macacos lêem Nietzsche
Os macacos discutem Nietzsche
Sem dar qualquer consideração ao fato de que Nietzsche
Era só outro macaco
Os macacos fazem planos
Os macacos se apaixonam
Os macacos fazem sexo
E então fazem mais macacos
Os macacos fazem música
E então os macacos dançam
Dancem, macacos, dancem!
Os macacos fazem muito barulho
Os macacos têm tanto potencial, se eles pelo menos se dedicassem...
Os macacos raspam o pêlo de seus corpos numa ofensiva negação de sua verdadeira natureza de macaco
Os macacos constroem gigantes colméias de macacos que eles chamam de "cidades"
Os macacos desenham um monte e linhas imaginárias na terra
Os macacos estão ficando sem petróleo, que alimenta sua precária civilização
Os macacos estão poluindo e saqueando seu planeta como se não houvesse amanhã
Os macacos gostam de fingir que está tudo bem
Alguns dos macacos realmente acreditam que o universo inteiro foi feito para seu benefício
Como você pode ver, esses são uns macacos atrapalhados
Estes macacos são ao mesmo tempo as mais feias e mais belas criaturas do planeta
E os macacos não querem ser macacos
Eles querem ser outra coisa
Mas não são

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Se eu fosse um escritor pt1

Se eu fosse um escritor,
   eu iria escrever uma novela muito legal.

Essa novela teria um ponto de encontro
  onde as pessoas se reúnem regularmente.

Ela seria recheada de esteriótipos:
  o rapaz nerd mimado e muito feio,
  os rapaz nerds pouco mimados e de aparência mediana;
  as meninas fofinhas e bonitinhas mas que adoram coisas assustadoras;
  a moça solitária, mas que descobre o poder da amizade;
  a garota que parece ser extremamente promíscua;
  os pais que erraram muito com o filho (apesar de também terem acertado bastante),
       na tentativa de acertar;
  e uma paixão que deu errada no passado.

E eu tentaria quebrar esses esteriótipos:
   faria o rapaz nerd ter um emprego onde ele obedece muitas ordens;
   faria cada nerd ter uma história única, com seus medos e traumas;
   deixaria as meninas namorarem caras extremamente normais (para não dizer sem sal);
   observaria a moça solitária ser traída pela amiga;
   faria a garota promíscua ser muito bondosa e caridosa e mostraria que ela só age assim por
     revolta com os pais;
   daria um jeito de mostrar para todos que os pais não tem culpa pelo comportamento do filho;
   e não daria um final feliz para a paixão ou os membros apaixonados.

Pensando melhor, ainda bem que eu não sirvo para escrever.
Definitivamente, essa novela não teria muita graça para qualquer pessoa que tem olhos, mas não vê.

100 posts

Caralho, eu não acredito que eu tinha tanta coisa para falar ou escrever D:
Prometo um dia fazer a seleção dos meus textos favoritos, ou não...

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Lembranças

Eles se lembraram de dizer que você acabaria caindo
    (e teria que achar forças para se levantar),
Eles se lembraram de dizer que você decepcionaria os outros
    (e teria que pensar em formas de lidar com isso),
Eles se lembraram de dizer que você perderia o seu chão, se magoaria, choraria e pensaria em desistir de tudo (mais ainda).

Mas existe uma coisa que eles não disseram,
    que você passaria por tudo isso em menos de duas semanas...

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Começando

4º dia após conversa.
Primeiro dia que acordo no horário.
Não tem sido fácil,
sinto meu tempo escorrendo pelos dedos e
sinto meu dinheiro escorrendo pelos dedos.
Às vezes penso, apenas penso,
que minha sanidade também está correndo pelos meus dedos...

A vida se tornou mais fácil depois de admitir algumas coisas:
- estou depressivo;
- estou sem forças;
- preciso de ajuda;
- tenho problemas com meus pais;
- meus problemas com meus pais me afetam diretamente.

A vida se tornou mais fácil depois de fazer algumas coisas:
- admitir que tenho problemas;
- procurar ajuda;
- fazer um cronograma;
- seguir o cronograma;
- arranjar uma ocupação.

Se isso dará certo?
Eu não sei...
E que Deus tenha piedade de minha alma.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Pensamentos do banho

- Você acha que isso vai dar certo?
- Só vou descobrir se eu tentar.
- Você viveu sob a pressão dos pensamentos dos outros, sob a pressão do que VOCÊ achou que era o pensamento dos outros por vários anos. Acho que não precisamos tentar para saber o resultado.
- E o que você quer que eu faça? Que eu me afunde tocando punheta para a lua e deixando minha vida escorrer pelos meus dedos?
- Claro que não. Não quero que você nos afunde, quero que você aja da forma correta.
- E qual é a forma correta?
- Como assim? Você não sabe? Você percorreu vários quilômetros em busca da resposta. Quando você encontrou, você a ignorou. Você sabe o que tem que fazer.
- Mas, eu não me motivo.
- Então use aquele forno que você tanto olho nos seus momentos de angústia ou quando você não está chapado.
- Não! Isso eu não quero. Eu quero viver.
- Então escolha viver, mas escolha viver de verdade.  Não essa vida meia boca que você vem levando. Busque vencer uma batalha por dia, busque vencer a verdadeira vitória.
As duas vozes, falam em uníssono - A vitória sobre mim mesmo.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Crônicas Vampirescas - O Sonho - Pt. 2


Após acordar em um lugar que mais parecia a arena de um torneio, encontrar um cosplay de Yukina e enfrentar um cosplay de Kuwabara de Yuyu Hakusho, nosso herói Kuwabara recebeu uma espada energética na cabeça. Será esse o fim do herói de conto mais querido desse blog? O que será que existirá no outro lado da não-vida vampírica? Será que ele vai parar para pensar sobre o quão estranha é toda essa situação? Não percam as cenas do próximo capítulo de Crônicas Vampirescas
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Abri os olhos. Estava em um lugar. Tudo escuro. Coloquei a mão na minha cabeça, onde a lâmina havia acertado e não senti nenhuma marca. Isso é bom. Não sei se é por causa de alguma relação com a minha condição vampírica, mas acredito que estar morto não é tão diferente de estar vivo. Bem, ao menos tão vivo quanto um vampiro está vivo e o fato de eu já estar meio morto ajudou bastante no fato de eu aceitar o fato de eu me tornar totalmente morto.
Dei uma olhada em todo o mundo que me cerca e notei que apesar de toda a escuridão, eu conseguia ver uma pequena criança (adolescente?) de cabelos verdes agachada, cutucando alguma coisa com um pedaço de graveto. Me aproximei e me agachei ao lado dela. Ela se virou para mim e perguntou:
- Você realmente acha que isso é a morte?
- Sim. Não o é?
Ao invés de responder a minha pergunta (ao que parece que ninguém se importa muito em responder as minhas perguntas), ela pegou na minha mãe e disse: - Venha, quero te mostrar algo.



Senti uma forte vertigem e o mundo ao meu redor começou a se dissolver e ganhar nova forma. Um dia ensolarado foi se formando. Estávamos no parque do Ibirapuera. No instante em que vi as pessoas passando, lembrei-me do dia. 
Foi uma passeio que eu fiz com a minha família quando eu tinha 6 anos. Pude relembrar bem todas as cenas e todas as situações. Eu indo com a minha família, o passeio no parque, mamãe me ensinando a rezar, meus irmãos preparando o picnic e o gato. 
Nesse dia, durante a volta, encontramos uma garotinha chorando porque tinha perdido o gatinho dela. Por acreditar na importância de fazer boas ações e de cultivar um bom karma, minha mãe decidiu que nós iríamos ajudar aquela garota. 
Começamos o trabalho e após uns 40 minutos de busca, fui eu quem o encontrou. Ele estava no topo de uma árvore. Ao avistá-lo, decidi subir na árvore para buscá-lo e consegui fazer com que ele descesse.
Após o gato ir para o chão, lembrei que eu tinha medo de altura e comecei a chorar por medo de ficar preso e ser abandonado ou cair. As últimas imagens dessa cena – antes do ambiente se dissolver – foi de o meu pai subindo na árvore para me resgatar e minha irmã mais velha me caçoando pois "o grande herói precisou ser salvo".
Enquanto aquela cena se desfazia a Cabelos Verdes disse: - Quando você era pequeno, você se importava mais com os outros do que com você mesmo. Essa era uma das suas fontes de forças.


A cena seguinte é de uma conversa que eu tive com o meu pai, quando ele foi me dar boa noite e estava tentando explicar conceitos complexos sobre a vida, o universo e tudo mais. Eu tinha 9 anos. Três mendigos haviam pedido esmola para o meu pai. Para um ele deu comida, para o outro dinheiro e para o terceiro ele deu uma bronca e ralhou muito. Eu não entendia a diferença de reações.
Com muita paciência ele tentou mostrar que mundo não era dividido por pessoas totalmente boas e pessoas totalmente más. Cada pessoa tinha as suas motivações e precisávamos saber lidar com cada uma delas. Pois uma pessoa pode pedir dinheiro porque precisa comprar comida, a outra pode mentir porque quer bebida e uma terceira pode pedir porque não reconhece a sua capacidade.
Um pouco antes de dormir, já meio sonolento, perguntei: - Pai, o que é que faz um herói?
- Essa é uma pergunta difícil de responder. Você precisará buscar a sua resposta. Para mim, herói é aquele que defende os mais fracos daqueles que são mais fortes e querem abusar dessa força. Mas nem sempre é fácil saber quem é o mais fraco, ou quando você deve tomar em uma disputa. É sempre bom ouvir o seu coração para saber o que você deve fazer.
Então, mais uma vez o mundo se desfez e eu ouvi a voz infantil e feminina: - Quando não souber como agir ou que lado tomar, ouça o seu coração. Desse modo, você agirá conforme o que você acha ser o certo.


Mudamos para uma das cenas que eu jamais esqueci e que eu acredito que jamais. Eu com 11 anos, arrumando as cadeiras do glorioso Kuwabara's sushi - A melhor comida oriental do Brasil - no fim do expediente. 
A porta estava fechada. Ao menos era a minha função fechar a porta, mas ela não estava realmente fechada. Entram 3 homens grandes e fortes. Eles queriam o dinheiro e trancaram toda a família (a família que trabalhava no restaurante) no banheiro. 
Como o movimento tinha sido fraco, eles ficaram muito irritados e resolveram descontar as frustrações na gente. Houve algum tumulto e um deles deu um tiro para o teto para assustar a gente. Contudo, o tiro ricochetou e acertou o meu pai. Isso deixou os ladrões assustados que resolveram partir em retirada. Antes de eles fugirem, ainda deram dois tiros a esmo. Os tiros teriam acertado em mim, se minha mãe não tivesse se jogado na minha frente e servido como escudo humano. Ela morreu nos meus braços, com uma cara assustada, mas feliz por eu estar bem.
Enquanto a cena se dissolvia, eu notei que estava chorando lágrimas de sangue. Minha guia olhou para mim e, meio sem jeito, me abraçou e falou no meu ouvido: - Uma das coisas que faz um verdadeiro herói é estar disposto a fazer qualquer o que for necessário para proteger aqueles que ele considera importante. - Após algum tempo, ela continuou – Vamos, está quase acabando.

A última cena não foi realmente uma cena. Foi uma sequência de cenas. Todas elas são de após eu vir morar em Florianópolis. São cenas do meu treinamento com Tengu e Karasu, de reuniões com X,Y,Z, de conversas (que quase sempre terminavam comigo apanhando) com a Flô, idas a Toca do Corvo para conversar com a Rose e a Tora, missões que eu recebia do Ling, entre outras coisas...
Estava ficando quase tonto com tantas mudanças, quando terminamos. Por fim, minha guia (ela deveria ter uns 15 anos e eu a conhecia de algum lugar) disse: - a sua força vem de vários lugares diferentes, descubra como extrair essa força e você se tornará invencível.
Ela ficou em pé, me levantou, me abraçou e disse com um sorriso malicioso: - Estou aguardando ansiosa pelo nosso encontro. - Deu um leve beijo nos meus lábios e completou – Será um encontro inesquecível.
E tudo se dissolveu, inclusive eu e ela.

Crônicas Vampirescas - O Sonho - Pt. 1


Nota: Esse é um pequeno spin-off sobre as aventuras do nosso bom e velho amigo Kuwabara. Á priori, ele não faz parte da história, mas vou tentar convencer o Ton a usá-lo como parte de um sonho (isso ajudará o nosso herói a não ter pesadelos com tentáculos). Esse é o primeiro post que será anunciado no FB. Boa sorte para mim xD

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Abri os olhos e notei que que tinha acordado em qualquer lugar menos na minha cama, ou mesmo, na minha casa. Com uma rápida observação, notei que estava em um local bem exótico.
Me levantei e observei que toda a região é infinitamente plana, com um céu sem nuvens, sem barulhos, apenas as estrelas e uma pálida lua cheia me faziam companhia. Acredito que se não fosse meu auspícios, teria muita dificuldade em seguir qualquer caminho. Sem qualquer critério, escolhi uma direção aleatória e comecei a andar para ver se encontrava alguma coisa. Caminhando, pude perceber que o chão era formado por blocos de algum tipo de pedra quadrangular porosa de um metro de lado. Me pergunto o trabalho que deve ter sido colocar tantas pedras juntas uma do lado da outra.
Após caminhar por horas (ou minutos, pois a lua estava no mesmo lugar), pude avistar ao longe uma região ligeiramente mais clara que as outras. Como se existisse alguma tocha ou fogueira naquele lugar. Como sou da teoria que mesmo uma novidade ruim é melhor do que nenhuma novidade segui em direção à luz.
Depois de uma caminhada que durou horas (ou minutos), pude ver melhor o meu alvo. Parecia ser uma moça sentada na posição tradicional oriental dentro de um círculo de velas. Ao me aproximar mais, pude – graças ao meu maravilhoso auspícios – notar bem os traços dela, bem como deduzir as suas cores, mesmo com a luz rubro-amarelada das velas.
Minha distante amiga tinha cabelo comprido, azul, com um pequeno enfeite vermelho que permitia que um par de mechas ficassem pela frente dos ombros, sua pele era clara e estava usando um yukata azul claro, com uma faixa azul escura e ela parecia estar extremamente concentrada olhando para o distante. Ficando a quase 2 metros dela, percebi mais detalhes que chamavam a atenção: ela parecia não notar a minha presença, os olhos eram profundamente roxos, as mãos dela seguravam com força um pequeno colar em forma de lágrima e - o mais importante de tudo - eu tinha a estranha sensação de já ter visto ela de algum outro onde ou de algum outro quando.
Pensei em esticar a minha mão para tocar na minha nova amiga para tentar entender onde eu estava ou o que estava acontecendo. Quando ia me mexer para realizar essa simples tarefa, uma voz grossa fez eu mudar de ideia. Ela disse: - Não se atreva a colocar suas mãos imundas nela. Já é um ultraje você ter chego tão perto.
Virei para a direção de onde vinha a voz e vi um japonês alto (algo em torno de 1.78), calçando coturno, um conjunto de calça e sobretudo aberto brancos, uma faixa protetora ao redor do abdômen e um topete à la Elvis ruivo. Ele empunhava uma katana cujo o tipo de lâmina eu conhecia bem, contudo a arma dele possuía um brilho alaranjado – em contraste com o brilho azul das minhas ninja-tō. Ele seguiu com a sua intimidação:
- Nenhuma pessoa que tenha não boas intenções deve se aproximar tanto. Então pergunto – ele levantou a sua espada em uma guarda ofensiva – quem são os seus inimigos?
Era a segunda vez que me perguntavam isso e, de novo, eu não tinha certeza da resposta. Quem realmente é meu inimigo? Contra quem realmente eu estou lutando?
- Eu não sei – tentei responder com o máximo de sinceridade.
- Resposta errada.
Ele avançou tencionando dar um golpe verticalmente. Felizmente, para meus reflexos aprimorados tal golpe era fácil de esquivar. Fiz isso desviando lateralmente e invocando minhas armas, o Raio e o Trovão, em forma de espadas ninja. Com tal manobra, ele ficou entre eu e minha amiga mas uma vantagem, pois ele ficou de costas para mim.
Sem perder nenhum tempo, parti para a ofensiva, energizando as minhas espadas e desferindo uma dupla estocada na direção das costas dele. Era um golpe fácil, deixar as costas expostas é um erro e deixar as costas expostas quando o seu adversário é mais rápido do que você é um erro fatal. Bem, ao menos era para o golpe ser fatal, mas de alguma forma ele conseguiu girar em torno do próprio eixo e aparar o golpe. Trocamos mais uns 10 ou 15 golpes com ele sempre aparando ou esquivando de golpes que eu tinha certeza de serem indefensáveis.
Durante uma pequena pausa nos ataques, ele anunciou: - Você se aliou a espíritos fortes, mas você não sabe usá-los e você é fraco. A melhor katana se torna inútil se colocada em mãos de um novato. Por mais que você se ache forte, você continua sendo fraco.
Com essa frase, o estilo de luta dele mudou totalmente. Ele passou a adotar uma postura ofensiva, me atacando fisicamente e  mentalmente com perguntas que eu não sabia como responder.
- Quem é o seu inimigo?
- Por que você luta?
- De que lado você está?
- O que é importante para você?
- De onde você tira a sua força?
- O que você está disposto a sacrificar nessa guerra?

Cada frase era seguida de um golpe. 
Cada golpe era seguido de uma frase. 
A cada frase ou golpe, minhas espadas e meu corpo ficaram mais pesados tornando as esquivas mais difíceis. Quando finalmente, o inevitável aconteceu. Com um golpe, ele conseguiu me desarmar completamente.
Estava diante dele, alto, ruivo e com uma espada energética erguida e prestes a me cortar ao meio. Pensei comigo mesmo, é uma pena morrer antes da guerra começar, mas ao menos morrerei em uma luta.
Senti a lâmina passando pela minha cabeça, o sangue escorrendo dela, meu corpo caindo, tudo escurecendo. Meu derradeiro pensamento antes de morrer foi que finalmente minha amiga tinha notado minha presença e me fitado com os olhos roxos.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Presentes

Pâmela:
Pam, só use essa fantasia quando você quiser que a Blu assuste as outras pessoas. Em nenhuma outra situação você poderá usar essa roupa.
Como eu não sabia quando que eu vou ver você, o Hermes e a Blumenau, eu fiz um desenho de nós quatro.

Rosemary:
Caso acerto: Uma vez, uma raposa ensinou a um pequeno príncipe que: "mesmo que haja mil outras rosas no mundo, nenhuma delas será como a sua rosa pois ela é especial para você". Da mesma forma, mesmo que haja mil outros vampiros no mundo, nenhuma delas será como você, pois você é especial para mim.

Caso erro: A rosa levantou seus espinhos e disse: não temo os bichos grandes, pois eu tenho minhas garras. Assim também deve ser você.
Tora:
Caso acerto: Tora quer dizer tigre que é um animal forte, vigoroso, poderoso e imponente, assim como você.
Caso erro: você uma garota maravilhosa, continue sempre sendo essa moça centrada, perspicaz e acima de tudo humilde.

Hermes (osso azul):
Houlf, houlf, pra você também.

Flô:
*vale pernoite em motel*
Adorei a noite que passamos juntos (mesmo não lembrando de muita coisa), você foi um arraso, vamos repetir a dose qualquer dia.

sexta-feira, 15 de março de 2013

"Por que ele não pode dizer a opnião dele?"

"A última vez que você falou realmente algo que você pensa,
  você terminou o seu namoro."

"..."

domingo, 10 de março de 2013


Ela me olhou e perguntou:
- Estar comigo é um fardo pra você? - Não havia como fugir daqueles grandes, inocentes (apaixonados?) olhos castanhos e preguiçosos no pós sexo.
- Comparado ao inferno que era a minha vida, estar com você é a melhor coisa que poderia ter me ocorrido.
Um sorrisou explodiu no rosto dela, ela me abraçou e dormiu recebendo meu carinho na nuca.
Quanto a mim, passei o resto da noite me perguntando por que eu ainda me dava ao trabalho de mentir por um sexo nota 5.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Porque escrevo II


-Seu tempo é escasso,
    você não deveria gastá-lo escrevendo.
- Se eu não escrevesse, não teria tempo nenhum.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Quente,
  aconchegante,
  familiar,
  meio húmido,
  e com cheiro característico.
Vou sentir saudades do meu quarto.

sábado, 2 de março de 2013


Estou morrendo. Isso é ruim.
Minhas crises de humor se tornaram piores. Isso é ruim.
Alterno entre total euforia e uma letargia tremenda. Isso é ruim.
Precisarei fazer muitas contas para passar sem problemas. Isso é muito ruim.
Me sinto culpado e envergonhado pelos meus erros. Isso é ruim, mas posso usar para o meu bem.
Descobri que talvez não trabalhe com o curso que eu escolhi. Isso não me incomoda
Não sei como agir ou prosseguir. Isso é o pior de tudo.
Não sei se conseguirei dar conta de tudo. Ok, isso é pior.
Tenho que falar isso para os meus pais. Você venceu, isso é infinitamente pior.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Descobertas


Você descobre que na semana seguinte ao término, ela já estava com outro.
Você não se importa.
Você descobre que ela te bloqueou no facebook.
Você não se importa.
Você descobre que, após umas duas semanas ao término, ela está dando para outro.
Você não se importa.
Você descobre que ela tem um blog onde relatava as transas deles.
Você não se importa.
Você descobre que ela responde menos de um terço das suas mensagens.
Você não se importa.
Você descobre que ela te ignora quando passa por vocês na rua.
Você não se importa.
Você pensa que talvez você nunca mais verá o seu livro.
Você se importa e fica preocupado.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sensações


Olho para o horizonte,
  vejo as árvores, a rua, os carros e as pessoas.
 
Ouço os sons da cidade,
  ouço os sons da vida em movimento.
 
Sinto o sol batendo meu meu corpo
  me aquecendo e me reconfortando.

Inspiro profundamente,
  o ar entra no meu corpo
  e compreendo que
  tudo o que existe é somente
    A Verdade,
      O Bem e
        O Belo.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Alegria


Quanta alegria,
  quanta felicidade.
Sinto-me bem por estar com meus colegas,
  por estar com meus amigos.
 
Os problemas já foram superados,
  o passado é passado.
E o presente que vivo é o melhor presente que eu poderia receber.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Crônicas Vampirescas - Kuwuabara II

NE: eu realmente preciso de um nome melhor para isso xD


   Takashi morreu. Isso é algo surreal. Não que ele já não tenha morrido antes, mas a rapidez com que isso aconteceu foi impressionante.
De todos, apenas Carlos, o Senescal e criador do Chefe, parece estar mais perturbado. Será que ele sabe de algo que não sabemos?
    Revendo tudo o que aconteceu desde quando eu saí de SP, é possível adicionar mais algumas doses de surrealismo a essa história. Veja bem tudo o que aconteceu:
* cinco dias atrás, eu cheguei em Floripa e fui apresentado ao príncipe; 
* quatro dias atrás, consegui um emprego para trabalhar como soldado do Takashi na organização dele (sem saber o que ela fazia, alé de ter um alto treinamento militar);
* três dias atrás, devido a um constrangedor problema com frenesi, passei o dia que seria dedicado ao meu treinamento preso em uma cama me recuperando das consequências do surto;
* antes de ontem, fui na exposição de artes da Rosemary (descobri que ela e a amiga Ventrue também seriam minhas chefas (por causa da boate que o TK também era dono)). No finalzinho da exposição, apareceu um tal de Frank que causou uma grande confusão e, após tudo isso, tive meu "treinamento": uma conversa de 30 minutos explicando sobre o comunicador, o celular e sobre o teaser    .
* Ontem, o treinamento contiunou comigo aprendendo a usar uma tonfa e fui para o meu primeiro dia de trabalho. Aconteceu tanta coisa que vale a pena escrever um ou dois parágrafos sobre o mesmo.

    Chegando na boate e fiquei conhecendo os ambientes. Minhas chefas chegaram e ganhei companhia no passeio. Quando a boate abriu, elas me pediram para ficar na porta da sala VIP, enquando dois caras que tinham toda a pinta de serem Ventrues conversavam lá dentro. Executei essa tarefa muito bem. 
    Os Shows seguiram, quase sem nenhum problema. Lá pelas três e meia, ou quatro da manhã, o chefe pediu para que eu procurasse pelo maluco que causou o tumulto na exposição. Fiquei preocupado, pensando que poderíamos ter um algum problema grande com aquele vampiro e saí em sua procura,    Demorei muito nessa busca, o Chefe e as chefas já tinham encontrado o dito cujo. 
   A partir daí, tudo fica muito confuso. É como se a minha alma estivesse em algum outro lugar fazendo brigadeiro para outras pessoas e por isso não me lembro de quase nada.
Quando dei por mim, estava em uma mesa com um monte de membros de alto escalão: Carlos, Frank, TK, os dois Ventrues, um dos membros que estava na boate e as duas chefas. Eu tinha certeza que estava lá apenas para dar segurança para as duas e por isso nem prestei muita atenção no que eles estavam falando. 

Grande erro.

    Em algum momento da reunião, Takashi pediu para eu esticar o braço que ele iria me passar algo muito importante. Sem entender nada direito (e me xingando por estar com a alma em brigadeiro), estiquei o braço esquerdo e senti uma energia tremenda percorrer o mesmo. O chefe explicou que quando chegasse o momento certo era para eu esticar o membro e usar toda a minha força de vontade para tentar fazer o mesmo que ele. Melhor, pare tentar conseguir o mesmo efeito.
    Após isso, nós todos saíram. Pude notar que havia um clima de tensão no ar. Iríamos que enfrentar alguém muito forte e agora que eu estava começando a entender isso.
    Fomos para fora da boate (nosso grupo também recebeu o acréssimo de uma criatura/monstro/gorila trazida pelo Frank) e demos com a limosine do príncipe chegando na boate (por que ele chegou tão tarde). O mesmo passou batido pela gente e César (que eu tinha certeza que era um dos guarda-costas do príncipe) saiu da limosine para conversar com o nosso grupo. Houve um diálogo muito confuso sobre ele se meter nos planos e atrapalhar todo mundo e iniciou-se a batalha mais estranha da minha vida. Ela não deve ter durado mais do que 45 segundos, mas deu tempo suficiente para um monte de coisas acontecerem:
    * o César invocou uma armadura que protegia todo o corpo;
    * o TK subiu aos céus com uma forma de homem-águia elétrico caiu em cima do César e desmanchando boa parte da armadura;
    * um dos membros puxou o sangue do César e manteve o sangue flutuando;
    * A coisas monstro e o Carlos saíram no soco com César;
    * descobri que tinha um novo poder que fez sair duas lâminas da minha mão direita (numa cópia do estilo Scorpions) que foram direto para César, fizeram cair um outro raio (numa cópia do estilo Raiden) que acabou com o resto da armdura e o estriparam (FATALITY!);
    * e, por fim, um dos Ventrue terminou de recitar cânticos que trouxeram uma mão gigante para segurar o corpo inerte e estripado do César para colocar em um porta malas de um carro.

    Foi tão rápido que me pergunto se eu me esqueci de algo (maldito brigadeiro). 
   Após a saída da limousine, os demais grandões ficaram discutiram alguma coisa (Carlos saiu com muita raiva de lá. Mais raiva do que é o normal para um Brujah) e eu escoltei as chefas para a boate.
    Na boate, Xavier me entregou uma carta com explicações e disse que o que não fosse explicado na carta seria explicado na próxima noite. Ele me disse que eu não fui escolhido para ser um soldado do grupo do Takashi, fui escolhido para substituí-lo e, com a morte dele, me tornei o novo chefe. Além disso eu deveria falar com as meninas para descobrir o que era "A Base".
    Meu mudo caiu, pude entender como o agente J se sentiu quando descobriu que subistuiria o agente K na MIB. Não foi uma sensação legal.
    Meio em choque, fui beber algo para relaxar, tentar entender tudo que aconteceu, ler a carta e me preparar para conversar com Tora e Rosemary que subitamente se tornaram minhas associadas.

    Após relaxar, fui conversar com elas. Descobri que A Base é um grande quarto do pânico localizado embaixo da boate. Como estava perigosamente perto das 6 da manhã, Xavier nos levou para casa do Takashi para descansarmos para uma nova e longa noite. 

    E aqui estou eu, me perguntando se vampiros podem sofrer de insônia, tentando processar tudo o que aconteceu, pensando em comprar um diário para passar a limpo esse e os outros textos que eu fiz desde meu abraço.
    A carta do Takashi foi bem clara: "Acima de tudo, se prepare, MortE está vindo". Uma guerra está para começar, eu devo estar preparado e preprara meus homens enquanto esperamos pelas ordens que virão.
  • Vou conversar com toda a equipe para entender o que aconteceu e descobrir o que fazemos, quais poderes eu tenho e como controlá-los;
  • Vou tentar marcar para treinarmos de 1 a 4 horas por noite, todas as noites;
  • Vou deixar os 3 refúgios (casa do Takashi, minha casa no Roçado e o quarto do Takashi na Base) preparados para eu treinar e descansar em qualquer um dos 3 locais;
  • Vou falar com Alain para tentar alcaçar B. pela Rede. Se ela quiser me ajudar, então o Jeremias também ajudará;
  • VOU FICAR MAIS FORTE, MAIS RÁPIDO E MAIS PODEROSO.
  • E, mais do que tudo, vou proteger todos aqueles que não puderem se proteger.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Meu erro (paralamas)



Eu quis te dizer,
você não quis escutar
Agora não peça
Não me faça promessas...

Eu não quero te ver
Nem quero acreditar
Que vai ser diferente
Que tudo mudou...

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado
Bastaria!
Ah! Meu Deus!
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone...

Mesmo querendo
Eu não vou me enganar
Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo
Ainda somos iguais
Então não me chame
Não olhe pra trás...

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado
Bastaria!
Ah! Meu Deus!
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais...

Mesmo querendo
Eu não vou me enganar
Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo
Ainda somos iguais
Então não me chame
Não olhe pra trás...

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado
Bastaria!
Ah! Meu Deus!
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais...
Não me abandone jamais... (3x)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Rimas


Entrar sem sair,
Presenciar sem sentir,
Alegrar sem sorrir.

Existir sem viver,
Reverenciar sem agradecer,
Vivenciar sem aprender.

Ganhar sem comemorar,
Dormir sem descansar,
Viver sem amar.

Brinde (para o amor)

Um novo brinde,
de novo à ironia
que fez com que a sua desconfiança
de todas as pessoas 
dessem motivos para as pessoas se afastarem de você.

O erro não foi pensar mal dos outros,
  mas permitir que os outros soubessem disso.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Um ano


Um brinde a ironia
  que dá graça a nossa vida.
E, em especial,
  um brinde a fim do nosso namoro.

Um ano se passou desde que você se foi...
Muita coisa aconteceu...
Muita coisa se perdeu...

Sobre mim,
  posso dizer que venci.
Quanto a você,
  eu não sei.
Acho que não
(deveria me interessar) 
me interesso,
o que me interessa são os trezentos reais.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Crônicas Vampíricas - Carta

"Filho, 

Primeiramente, nunca ataque 2 Brujahs sem ter um plano. Isso pode custar caro. 
Segundamente, isso custou caro. Não sei qual é a forma mais fácil de dizer isso, mas, em suma, você se tornou um vampiro. Podia te deixar para morrer, mas sempre quis ter uma cria e você sempre pareceu ser um bom rapaz (sim, estive vigiando você nos últimos meses). 
Terceiramente, você precisa me provar que é um bom rapaz. No verso da folha, tem o endereço de um velho amigo, ele é um Toreador apaixonado por artes marciais. Vá até lá, impressione ele e peça para ele te ensinar como ser um bom vampiro. Quando o seu treinamento estiver completo, venha me procurar. 

Com amor, 

B. 

Ps. tem comida na geladeira. Não ande no sol, não arranje brigas e se mantenha vivo. 
Pps. Você está terminantemente proibido de comentar qualquer coisa com qualquer pessoa sobre aqueles Brujahs, se alguém vier lhe parabenizar pelo o que ocorreu, diga que você não sabe de nada. 
Ppps. nada não, só estou afim de escrever"

Faixas

Primeiro a pessoa apenas atravessa a rua porque ela é livre.
Depois ela atravessa somente na faixa pois lhe ensinaram que assim que as pessoas civilizadas agem - a maior parte das pessoas vivem e morrem aqui.
No próximo estágio, algumas pessoas observam o mundo que o cerca e se rebelam; fazem questão de nunca atravessar na faixa (se orgulhando disso) e incentivam os outros a fazerem os mesmos - essas pessoas se acham iluminadas ou esclarecidas, mas ainda não são.
Por fim, os verdadeiramente iluminados voltam a atravessar na faixa por vontade própria - e não por resignação.