Nota: Esse é um pequeno spin-off sobre as aventuras do nosso bom e velho amigo Kuwabara. Á priori, ele não faz parte da história, mas vou tentar convencer o Ton a usá-lo como parte de um sonho (isso ajudará o nosso herói a não ter pesadelos com tentáculos). Esse é o primeiro post que será anunciado no FB. Boa sorte para mim xD
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Abri
os olhos e notei que que tinha acordado em qualquer lugar menos na
minha cama, ou mesmo, na minha casa. Com uma rápida observação, notei que
estava em um local bem exótico.
Me
levantei e observei que toda a região é infinitamente plana, com um
céu sem nuvens, sem barulhos, apenas as estrelas e uma pálida lua
cheia me faziam companhia. Acredito que se não fosse meu
auspícios, teria muita dificuldade em seguir qualquer caminho. Sem
qualquer critério, escolhi uma direção aleatória e comecei a andar
para ver se encontrava alguma coisa. Caminhando, pude perceber
que o chão era formado por blocos de algum tipo de pedra
quadrangular porosa de um metro de lado. Me pergunto o trabalho que
deve ter sido colocar tantas pedras juntas uma do lado da outra.
Após
caminhar por horas (ou minutos, pois a lua estava no mesmo
lugar), pude avistar ao longe uma região ligeiramente mais
clara que as outras. Como se existisse alguma tocha ou fogueira naquele lugar. Como sou da teoria que mesmo uma novidade ruim é melhor
do que nenhuma novidade segui em direção à luz.
Depois de uma caminhada que durou horas (ou minutos), pude ver melhor o meu alvo. Parecia ser uma moça sentada na posição tradicional oriental
dentro de um círculo de velas. Ao me aproximar mais, pude – graças
ao meu maravilhoso auspícios – notar bem os traços dela, bem como
deduzir as suas cores, mesmo com a luz rubro-amarelada das velas.
Minha
distante amiga tinha cabelo comprido, azul, com um pequeno enfeite
vermelho que permitia que um par de mechas ficassem pela frente dos
ombros, sua pele era clara e estava usando um yukata azul claro, com uma
faixa azul escura e ela parecia estar extremamente concentrada olhando para o
distante. Ficando a quase 2 metros dela, percebi mais detalhes que chamavam a atenção: ela parecia não notar a
minha presença, os olhos eram profundamente roxos, as mãos
dela seguravam com força um pequeno
colar em forma de lágrima e - o mais importante de tudo - eu tinha a
estranha sensação de já ter visto ela de algum outro onde
ou de algum outro quando.
Pensei
em esticar a minha mão para tocar na minha nova amiga para tentar
entender onde eu estava ou o que estava acontecendo. Quando ia me mexer para realizar essa simples tarefa, uma voz grossa fez eu
mudar de ideia. Ela disse: - Não se atreva a colocar suas mãos
imundas nela. Já é um ultraje você ter chego tão perto.
Virei
para a direção de onde vinha a voz e vi um japonês alto (algo em torno de 1.78), calçando coturno, um conjunto de calça e sobretudo aberto brancos, uma faixa
protetora ao redor do abdômen e um topete à la Elvis ruivo. Ele empunhava uma katana cujo o tipo de lâmina eu
conhecia bem, contudo a arma dele possuía um brilho
alaranjado – em contraste com o brilho azul das minhas ninja-tō.
Ele seguiu com a sua intimidação:
- Nenhuma pessoa que
tenha não boas intenções deve se aproximar tanto. Então pergunto –
ele levantou a sua espada em uma guarda ofensiva – quem são os
seus inimigos?
Era a segunda vez
que me perguntavam isso e, de novo, eu não tinha certeza da
resposta. Quem realmente é meu inimigo? Contra quem realmente eu
estou lutando?
- Eu não sei –
tentei responder com o máximo de sinceridade.
- Resposta errada.
Ele avançou
tencionando dar um golpe verticalmente. Felizmente, para meus
reflexos aprimorados tal golpe era fácil de esquivar. Fiz isso desviando lateralmente e invocando minhas armas, o Raio e o Trovão,
em forma de espadas ninja. Com tal manobra, ele ficou entre eu e minha amiga mas uma vantagem, pois ele ficou de costas para
mim.
Sem
perder nenhum tempo, parti para a ofensiva, energizando as minhas
espadas e desferindo uma dupla estocada na direção das costas dele. Era um golpe
fácil, deixar as costas expostas é um erro e deixar as costas
expostas quando o seu adversário é mais rápido do que você é um
erro fatal. Bem, ao menos era para o golpe ser fatal, mas de alguma forma ele conseguiu girar em torno do próprio
eixo e aparar o golpe. Trocamos mais uns 10 ou 15 golpes com ele
sempre aparando ou esquivando de golpes que eu tinha certeza de serem
indefensáveis.
Durante uma pequena pausa nos ataques, ele anunciou: - Você se aliou a espíritos fortes,
mas você não sabe usá-los e você é fraco. A melhor katana
se torna inútil se colocada em
mãos de um novato. Por mais que você se ache forte, você continua
sendo fraco.
Com essa frase, o
estilo de luta dele mudou totalmente. Ele passou a adotar uma postura
ofensiva, me atacando fisicamente e mentalmente com perguntas que eu
não sabia como responder.
- Quem é o seu
inimigo?
- Por que você
luta?
- De que lado você
está?
- O que é
importante para você?
- De onde você tira
a sua força?
- O que você está
disposto a sacrificar nessa guerra?
Cada frase era
seguida de um golpe.
Cada golpe era seguido de uma frase.
A cada
frase ou golpe, minhas espadas e meu corpo ficaram mais pesados
tornando as esquivas mais difíceis. Quando finalmente, o inevitável
aconteceu. Com um golpe, ele conseguiu me desarmar completamente.
Estava diante dele,
alto, ruivo e com uma espada energética erguida e prestes a me
cortar ao meio. Pensei comigo mesmo, é uma pena morrer antes da
guerra começar, mas ao menos morrerei em uma luta.
Senti a lâmina
passando pela minha cabeça, o sangue escorrendo dela, meu corpo
caindo, tudo escurecendo. Meu derradeiro pensamento antes de morrer
foi que finalmente minha amiga tinha notado minha presença e me
fitado com os olhos roxos.
Olha, é difícil te imaginar escrevendo tão empolgadamente quando você tem os surtos de... empolgação XD Bom, o que quero dizer, é que você parece tão hiperativo, principalmente nos outros posts, que não achei que pudesse ME empolgar realmente, mas conseguiu. Ficou muito bom. Pensarei com CARINHO na possibilidade de incluir... Veremos! XD
ResponderExcluirFico feliz com isso xD
ExcluirEsse texto é algo que estava me martelando a algum tempo. Espero conseguir fechar ele de uma forma legal.
Adorei o texto, realmente me empolgou também! Pode deixar Aleatório, eu ajudo o Ton a pensar com carinho. =3 Mas cá entre nós, o pobre Kuwabara tem um imã pra encrenca, não? Ah, mas você não se livrará dos tentáculos do tio Heitor. =P
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