Mais um background para a lista de RPGs. Apesar de ele ser cuzão, eu espero que vocês gostem dele xD
ps. Eu tava bem animado com house of cards quando pensei no BKG;
pps. eu sei que na série é Stamper e não Stampler.
ppps. tenho que me lembrar de pegar a foto "dela" com o Ton;
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Sempre soube que era uma pessoa diferente. Especial. Não especial como essas pedagogias modernas que dizem que cada criança é especial e que não importa o quão incompentete ele seja. Afinal, ele é especial e todos amam ele pelo simples fato de ele ser do jeito que é.
ps. Eu tava bem animado com house of cards quando pensei no BKG;
pps. eu sei que na série é Stamper e não Stampler.
ppps. tenho que me lembrar de pegar a foto "dela" com o Ton;
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Sempre soube que era uma pessoa diferente. Especial. Não especial como essas pedagogias modernas que dizem que cada criança é especial e que não importa o quão incompentete ele seja. Afinal, ele é especial e todos amam ele pelo simples fato de ele ser do jeito que é.
Eu sabia que era especial pelo mundo que eu via. Um mundo lógico,
cartesiano e matemático. A matemática e os números estavam em
tudo. Eu era bom em entender os números e isso me tornou uma pessoa
boa em enteder o mundo.
Aprendi a ler e escrever aos 3 anos. Aos 6 conheci a matemática. Aos
12 já entendia cálculo e aos 14 já fazia meus softwrares de
análise numérica e brincava de ser hacker. Isso por si só
era a para ser algo especial e eu poderia ter ido para uma
universidade aos 15 anos...
...se eu não tivesse os pais que eu tenho. Minha família sempre foi
ligada à política e ao partido republicano. Meu pai era conselheiro
da cidade (até ficar doente e ser obrigado a se aposentar), minha
mãe é uma exemplar dona de casa e meu irmão, Douglas, é chefe de
gabinente de um vereador local.
Por serem republicanos e forçarem os métodos de ensinos
tradicionais, nunca pude adiantar meus anos de estudos. Isse se
tornou um problema depois da quarta série, pois ir para a aula era
um sacrifício. Onde já se viu, perder meu precioso tempo
“aprendendo” sobre sequências numéricas quando eu já estava
começando a resolver minhas primeiras funções logarítimicas e
estudando os princípios do cálculo.
Mas bem, não quero transformar essa história em um muro de
lamentações. Avancemos para um momento mais legal de minha minha
vida.
Meus pais não aceitaram muito bem quando disse que não ia fazer
administração pública para me envolver com política e ameaçaram
não pagar minha universidade. Tolos. Mal sabiam eles que eu já
tinha o dinheiro para dar entrada no financiamento estudantil. Quando
eles descobriram que suas ameaças eram totalmente em vão,
desistiram.
Ingressei com mérito no MIT, na turma de ciência da computação
de 86. No MIT, dividi o quarto com Paul Page. Aprendi muita coisa com
ele: a diferença entre ser inteligente e ser esperto, outras formas
de poder além do monetário e político, além de técnicas de
conversação e convencimento. Como ele dizia: você não precisa ser
o cara mais poderoso de uma sala, você só precisa fazer os outros
acreditarem nisso.
Nos formamos em 1990 e logo em seguida iniciamos o mestrado. Eu fui
para matemática aplicada à economia e ele seguiu na ciência da
computação. Nosso plano era simples. Depois do mestrado viria o
doutorado e abriríamos nossa empresa de consultoria financeira
usando o melhor que os computadores pessoais pudessem oferecer.
Não seguimos muito o nosso plano, porque o MIT era um tanto quanto
fraco na parte financeira. Então resolvermos juntar nossa coragem (e
falta de bom senso dos nossos 23 anos), voltamos para Despero e
abrimos Finantional and Computers a
primeira empresa do estado de análise financeira com apoio de
computadores.
Aconteceu de não termos ficado milionários primeiro mês, nem no
primeiro semestre, ou no primeiro ano. Tínhamos um produto bom. Uma
idéia revolucionária. Mas os custos operacionais eram elevados e
gastávamos muito em publicidade. Moral da história: o negócio
crescia, mas não na velocidade que precisávamos.
Mas, às vezes, a oportunidade aparecem de formas que não
conseguimos imaginar. No nosso caso, a oportunidade apareceu numa
oferta de parceria. Quase caímos da cadeira quando aquele homem de
óculos de cabo pérola nos ofereceu uma parceria para o grupo que
ele representava. A proposta era simples, nós iríamos liderar
pequenos projetos na parte de P&D. Como pagamento, ganharíamos a
apoio deles em divulgação além de poder usar a estrutura
computacional deles.
Isso era incrível. Com uma única tacada, poderíamos resolver
nossos dois principais problemas. Depois de algumas conversas,
definimos que eu iria para a empresa e trabalharia lá enquanto Paul
ficaria responsável por cuidar das coisas da FiComps.
Bom.
Na nova empresa foi quando eu comi o pão que o diabo amassou. Tive
que me mudar mais para perto do centro para não perder tanto tempo
com o ônibus, troquei o dia pela noite para acompanhar o fuso
horário de Pequim; aprendi russo numa velocidade record;
entre outras coisas.
O homem de óculos era meu superior aparecia semanalmente com novas
instruções de coisas para pesquisar e resolver questões
administrativas. Cada mês que passava, ele aumentava as atividades e
o ritmo de trabalho. Era um inferno trabalhar com ele ou fazer
qualquer projeto a longo prazo, mas não dei o braço à torcer. No
final de quase 6 anos, eu tava trabalhando por 12 horas diárias,
liderando 4 grupos de pesquisa e já tinha trocado totalmente o dia
pela noite.
Trabalhava em ritmo alucinado, mas me sentia realmente bem por isso.
Liderar e comandar pessoas em projetos de pesquisa era algo para o
qual eu tinha nascido e eu era especialmente bom nisso.
Lá para outubro de 1996, recebi um chamado do homem de óculos para
uma reunião num escritório no centro de Despero. Era a primeira
vez que ele me convocava para ir em algum lugar – geralmente ele é
que vinha até mim.
Chegando lá, ele me apresentou a uma mulher. Ela era uma das
mulheres mais bonitas que eu já vi. Ela tinha um ar indiferente,
olhos atentos e uma postura de quem poderia carregar o mundo nas
costas se ela quisesse. Apesar disso, ela falava com uma voz
aveludada e de um jeito doce. Ela poderia ter qualquer coisa entre 25
e 30 anos e vestia um terninho creme perfeitamente bem ajustado que
ressaltava ainda mais o seu corpo.
Ela me indicou um assento e disse que, em última instância, ela era
a mulher para quem eu trabalhava. Ela tinha se interessado pelas
minhas habilidades desde quando eu e Paul abrimos a FiComps. E
começou a conversar, fazendo perguntas sobre minha opinião sobre
negócios, jogos de poder, modernização, Internet entre outras
coisas. Depois de 45 minutos, fui dispensado com o convite para
voltar no dia seguinte.
Essa rotina se seguiu até o último dia do ano. Eu passava 45
minutos por noite, durante todas as noites conversando com ela. Às
vezes, ela trazia algum jogo de estratégia como Xadrez ou Go, às
vezes ela perguntava sobre a minha família, relacionamentos e
passado, mas quase sempre ela perguntava minhas opiniões sobre
negócios e tomávamos vinho. Ela demonstrou um grande interesse pela
minha tese de mestrado sobre padrões de topos e fundos no mercado e
como poderíamos criar mecanismos para prever essas oscilações.
No último dia do ano, nosso local de encontro seria um local
diferente. Ela me convidou para pasar a virada numa confraternização
na casa dela. Imaginei que iria encontrar alguns figurões e teria a
chance de fazer alguns acordos comerciais. Arrumei minha melhor
combinação sport chic e fui
para o endereço que ela me deu, às 9:00
PM como ela indicou.
Achei o horário meio cedo, mas nunca se sabe como são esses caras
podres de rico. Eles costumam ter seus horários próprios.
Cheguei no local (cabe um parênteses
para dizer que tive prender a respiração dentro do Taxi, porque ela
morava numa
mansão) e achei meio estranho o fato de não ter nenhum
carro parado. Talvez a festa fosse em algum outro lugar.
Fui
atendido por um mordomo que me indicou um
escritório e disse que logo
a patroa iria descer e me encontrar. Fiquei
esperando e olhando os livros. Não sei quanto tempo fiquei lá
esperando, mas estava começando a me questionar se tinha perdido o
horário, quando senti uma mão tocar no meu ombro.
Me virei e lá estava ela. Linda, com a pele clara contrastando com o
cabelo e aqueles olhos grandes olhando para mim. Além disso, ela
estava vestindo algo que parecia ser uma camisola semi-transparente
que mal escondiam seus mamilos eretos.
Não tive tempo para observar muito,
porque ela já foi me beijando. O toque dela era, ao mesmo tempo,
frio e cheio de calor. Em
menos de meia hora, ela já estava deitada na mesa comigo dentro
dela. Ela me arranhava com força e isso só me dava forças para ir
mais e mais forte. E ficamos
lá até quase a meia noite, alterando entre posições. Comigo
sempre tentando ir mais forte, mais rápido e mais fundo. Me sentia
um animal com toda a sua força e vigor que
mordia, chupava e lambia ela e estava dando tudo o que eu tinha.
Foi, sem a menor sombra de dúvidas, a melhor foda da minha vida.
Gozamos juntos, em cima de um divã vermelho.
Caí exausto e sem forças. Ela se apoiou no meu peito e eu fiquei
fazendo carinho nela. Depois de alguns instantes assim, ela me
perguntou se eu queria experimentar algo mais apimentado e forte.
Na forma que eu estava, eu aceitaria
praticamente qualquer coisa que ela pedisse. Ela
foi me conduzido pela casa. Ela me levou a
um porão. O local lá
parecia ter abafamento de som e um cheiro meio mofado. No meio, havia
uma daquelas camas de tortura antigas -
tipo que prendia os pés e
mãos da vítima com grilhões. No
fundo havia um grande relógio daqueles modelos antigos e pesados.
Ela me bem trancou e me tranquilizou. Disse que era a primeira vez
que fazia aquilo, que eu poderia sentir alguma dor, mas ela iria se
esforçar ao máximo para ser o mais suave possível.
E assim ela começou a me beijar e
acariciar. Ela subiu no meu colo e continuou me mordendo. Senti
um misto de dor e prazer. Aos poucos tudo foi ficando tão gostoso,
tão suave, tão sereno, tão sem dor, tão escuro. Quando
o sino terminou as doze
badaladas, eu estava morto.
Minhas
memórias seguintes são dolorosas e assustadoras. Não
vale a pena dizer como os primeiros momentos de um novo vampiro são
agoniantes. Como é sofrida
a luta entre a
nova
cria da noite a
sua besta.
A vida como eu conhecia acabou e um universo de novas oportunidades
se abriu para mim.
Depois disso,
tive 45 dias seguidos de treinamento. Aprendi
sobre os segredos da minha família, sobre como caçar, sobre minha
função no clã, os dons de
Caim e por aí vai. Também
tive que tomar algumas preocauções, do tipo avisar para a minha
família que eu acabei pegando férias inesperadas entre outras
coisas menos relevantes.
Por fim, cá
estou, minha última noite antes de eu voltar para meu serviço, com
uma secretária carniçal, com um motorista particular, com uma nova
equipe para implementar os modelos propostos na minha tese, em suma
com uma nova vida (ou melhor, com uma não-vida).
Eu sempre soube que eu era uma pessoa especial. Hoje faço parte
daqueles que estão no poder. Hoje, sou um dos reis da noite. Hoje
sou parte de um grupo, de um clã, de uma famíla que lidera a mais
poderosa organização de vampiros existentes. Hoje, eu sou um
Ventrue.
Christopher Stampler |
Douglas Stampler |
Paul Page |
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